15.9.13

Darwinimismo Digital aponta para criação de Redes Neurais.











Novas tecnologias nos surpreendem todos os dias. Embora o que vem sendo apresentado nos últimos eventos, mais se pareça com episódios de um filme de ficção científica, a criação de redes neurais que permite projetar máquinas inteligentes, capazes de processar informações de forma autônoma, como faz o cérebro humano, me fizeram ficar pasmo.











Em palestra durante a quarta edição do INFOTrends, em agosto desse ano, o ex-vice-presidente do Google para Android, o brasileiro Hugo Barra, que acaba de assumir a vice-presidência da divisão mundial de celulares da fabricante chinesa Xiaomi, afirmou que novos serviços inovadores mudarão nossa  forma de utilizar a tecnologia, e que eles estão nascendo a partir de inspirações biológicas, como os estudos sobre o funcionamento do cérebro humano.








O executivo abriu o evento com sua conferência sobre o futuro da computação móvel, as principais tendências e a tecnologia de aproximação NFC. Ele levantou a questão sobre a habilidade de compreender o cérebro que avançará nos próximos anos e nos dará auxilio para desenvolver sistemas mais complexos que serão úteis para a descoberta de doenças incuráveis, como o Alzheimer, além de criar máquinas capazes de pensar como nós.







Dois exemplos de redes neurais foram apresentados no INFOTrends. O primeiro trata-se de carros autônomos, capazes de analisar padrões de forma neural e conduzir os passageiros por estradas onde ele nunca esteve antes, sem problemas. O segundo foram os tradutores automáticos que permitirão imitar os tradutores simultâneos que víamos nos episódios de Star Trek.







De acordo com o especialista, nossa habilidade de compreender o cérebro ainda é muito restrita, mas avançará muito em pouco tempo. De modo a nos dar subsídios para desenvolver sistemas muito mais complexos do que o temos hoje. Hugo Barra afirmou ainda que o avanço das redes neurais dependerá dos pesquisadores e empresas terem maior capacidade computacional disponível.







Ele ressaltou também que o poder da inovação já está nas mãos de todos. Plataformas de processamento de baixo custo como o  Raspberry Pi e o Arduino, que permitem aos usuários inserir comandos básicos nestes chips, abrem espaço para o desenvolvimento doméstico de novos gadgets.







O fato de qualquer pessoa poder criar um produto e lançá-lo no mercado forçará as empresas a reverterem o processo de produção e acelerará o desenvolvimento de novas tecnologias. De acordo com Barra, embora seja difícil prever quais serão os resultados desse movimento, é possível assegurar todos os novos gadgets terão em comum o acesso à nuvem.







Esse darwinismo digital dá lugar ao fenômeno dos gadgets, que reinventa processos a partir de novas tecnologias. De motorista de aluguel a reservas de hotéis mais baratos depois das 17:00, passando por caixas de correio que transformam correspondências em arquivos digitais, como o da Outbox, o universo de serviços que mais cresce no mundo cabe dentro do celular.







A importância dos smartphones é compartilhada pelo futurista Gerd Leonhard, CEO da The Futures Agency, especialista em temas digitais, que falou sobre o futuro da mídia, da TV e da publicidade em uma sociedade conectada. Autor de cinco livros e em sua 12ª visita ao Brasil nos dois últimos anos, ele sugeriu olhar para o futuro com olhos digitais. Literalmente.





Uma das inovações apresentadas por ele foi uma lente de contato que conecta à internet. Dispositivos plugados ao nosso corpo serão cada vez mais comuns, segundo Leonhard. De óculos a relógios, aparelhos atuam no sentido de nos conectar e proporcionar uma experiência surpreendente.







O futurista que tem como lema o fato de que quando Noé construiu sua arca não estava chovendo, ressalta que a revolução será via móbile e que sociedade caminha para uma realidade online, em que novos ecosistemas de comunicação, energia, governabilidade, educação não serão mais centralizados, mas, sim,  compartilhados.







Ele alertou também sobre a importância das redes sociais, não como ferramenta, mas como sistema ou funcionamento de operações. E citou o presidente da Tesco: “lead the revolution or be the victim of evoluction”, isto é, “lidere a revolução ou seja uma vítima da evolução”.







O que é novo hoje amanhã já não é mais. Com essa avalanche de inovações, manter-se antenado e em sintonia com pesquisas do que há de mais avançado é o que nos coloca mais próximos da construção da arca, enquanto a chuva não chega. E já dá para ver que o arco-íris é transmitido pelo sinal de um celular e vai até onde as redes neurais alcançam.





Sandro Ari Pinto é copresidente da CiaGroup


Fonte: Aline Prado  - Germinare Comunic





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